Para validar a eficácia de uma intervenção psicológica de apoio à saúde mental das populações LGBT+, sem necessidade de contato direto com profissionais da saúde.
A pesquisa é voluntária, não terá remuneração ao responder.
Após essa primeira etapa, a intervenção ficará disponível no Sistema Único de Saúde,
ajudando a melhorar a saúde mental de quem necessita de acolhimento
por questões relacionadas a sua identidade sexual ou de gênero.
*"Desenvolvimento de intervenção autoguiada para
redução de desfechos negativos de saúde mental em minorias de
sexo e de gênero na Saúde Pública do Rio Grande do Sul: treinamento
de profissionais, evidências de eficácia e efetividade." Responsável:
Angelo Brandelli Costa, PUC-RS
No Brasil, as pessoas pertencentes às minorias de sexo e gênero sofrem um
alto grau de estresse relativo à sua identidade. Isso ocorre por experiências diretas de
preconceito, necessidade de omissão da sua orientação sexual ou identidade de gênero,
insatisfação no atendimento de saúde pela falta de preparo dos profissionais no
acolhimento a esse público e diversos outros fatores.
Por exemplo, o país apresenta o maior
índice de homicídios de pessoas Trans (transsexuais, travestis, transgêneros) no mundo,
tendo chegado ao dobro dos outros países em 20181.
Como resultado dessas vivências de discriminação, a população LGBT+ tem índices mais elevados de depressão,
ansiedade, suicídios e outras condições ligadas à saúde mental do que a população geral. Veja alguns dados:
Pessoas LGBT+ têm entre 31% e 82% mais chances de desenvolver sintomas depressivos e apresentar risco de suicídio2;
Pessoas LGBT+ têm risco duas vezes maior de desenvolver transtorno depressivo persistente, uso abusivo de substâncias, transtorno do pânico e outros3.
No Sul do Brasil, estudo4 mostra um aumento de 60% nas tentativas de suicídio na população LGB que sofreu discriminação3.
Um estudo realizado em hospitais de Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP) com pessoas Trans indicou uma prevalência de 67% para sintomatologia depressiva nas semanas que antecediam a coleta, 68% para a presença de ideação suicida na vida e 43% para histórico de tentativa de suicídio5.
Um estudo misto, realizado de forma online com questionários e presencial com entrevistas, apontou que 65% das participantes, mulheres lésbicas e bissexuais, sofreram alguma violência em decorrência da sua orientação sexual. Os dados ainda indicaram as mulheres lésbicas, especialmente, como as mais suscetíveis a sofrerem mais de uma vez violência e do local das violências serem espaços públicos6.
O projeto Escreva-se vem para ajudar a melhorar esse quadro e convidamos você,
que pertence às populações LGBT+@repense.com.br, a participar como voluntário.
https://transrespect.org/en/tmm-update-tdor-2018/;
2Coulter et al, 2019;
3Kerridge et al, 2017; 4Costa et al, 2017; 5Chinazzo, Í. R., Lobato, M. I. R.,
Nardi, H. C., Koller, S. H., Saadeh, A., & Costa, A. B. (2021).
Impacto do estresse de minoria em sintomas depressivos, ideação
suicida e tentativa de suicídio em pessoas trans. Ciência & Saúde
Coletiva, 26, 5045-5056; 6Rufino, A. C., de Carvalho, C. E. W. B., & Madeiro, A.
(2022). Experiences of violence against lesbian and bisexual women in Brazil.
Sexual medicine,10(2), 100479.
O projeto Escreva-se consiste em duas etapas totalmente online e
sem supervisão.
Mas, primeiro, veja se você tem os pré-requisitos necessários para participar.
IMPORTANTE: agradecemos muito o seu desejo de colaborar, mas, por favor,
verifique antes se você se inclui nas seguintes condições:
1 - Você é maior de 16 anos de idade?
2 - Se identifica como pertencente às populações LGBT+?
3 - Tem acesso à internet por, pelo menos, 20 minutos sem interrupções?
Para se sentir melhor: o projeto Escreva-se foi desenvolvido para diminuir
os efeitos das vivências de preconceito, discriminação, insegurança e outros
fatores que afetam a saúde mental de muitas pessoas LGBT+. Se você sente que
precisa desse tipo de apoio, o projeto pode lhe trazer resultados positivos.
Para ajudar centenas de milhares de pessoas: com a validação da
eficácia da
metodologia do projeto, essa iniciativa autoguiada de saúde mental poderá ser
incorporada ao SUS, beneficiando pessoas LGBT+ em todo o país.